A Prosa
A PROSA DOUTRINÁRIA
A prosa doutrinária foi muito cultivada durante a vigência do Realismo, por
imposição de seus reformistas e polêmicos literários. Além de Antero de
Quental, Oliveira Martins, Teófilo Braga e Eça de Queirós, poetas
realistas, recorreram a dois panfletários de primeira ordem: Ramalho Ortigão e
Fialho de Almeida, o primeiro com As Farpas, e o segundo com Os Gatos.
Ortigão edita ainda Histórias cor-de-rosa e inicia a publicação de Correio de Hoje. Em parceria com Eça de Queirós, surgem os primeiros folhetos
de As Farpas, em dois volumes sob o título,
Uma Campanha Alegre. Em finais de 1872, o seu amigo Eça de Queirós parte para assumir o consulado em Havana e ele segue sozinho a autoria dos panfletos.
As Farpas foram uma
caricatura da sociedade da época, com críticas intensas e irônicas. Cheias de humor e sarcasmo envolvendo a imprensa, o jornalismo partidário e tudo que envolviam as questões políticas, econômicas, culturais, sociais e religiosas da época.
Tornou-se lavrador em Cuba, mas continuou a publicar artigos para jornais, e a
escrever vários contos e crônicas.
Entre as suas obras mais notáveis, encontram-se
os cadernos periódicos Os Gatos, redigidos entre 1889 e 1894, que
seguiram a mesma linha crítica, da época.
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